domingo, 25 de abril de 2010

A Veia do Poeta



A veia do poeta é grossa, profunda. Hora corre muito sangue, muito rápida. Hora ela se enche de um vazio profundo e melancólico. Os olhos, o nariz, as mãos do poeta parecem pequenos diante de toda a emoção do universo. Mas são nessas mãos que o mundo, o de dentro e o de fora, se concentra quando ele resolve fazer um verso. Quem faz poesia consegue traduzir direto da alma algo que, como disse a Cecília Meireles, ninguém explica… Mas não há quem não entenda.


Tenho me reencontrado com a poesia, não como escritora, que nunca fiz um poema do qual gostasse ( e olha que já fiz muitos ). Mas como leitora. Geralmente, meus encontros com a poesia acontecem naquela praça estranha e um tanto sombria, onde eu vou sempre sozinha, e demoro a voltar. Nunca vi um poema que não fosse triste… Ainda que essa tristeza esteja em uma ou outra entrelinha da entrelinha. Quando estou meio assim, sem saber direito o que posso querer da vida, só há três coisas que eu posso fazer: comprar uma caixa de lápis de cor, comer morango com chantily e ler muitos poemas.

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